Tupinambás

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EscolaNúcleo Tukum – da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença

GriôMaria Lúcia Almeida

Griô Aprendiz: Nádia Akauã

Educador: Nádia Batista da Silva 

Produtor Audiovisual: Henrique Carlos do Espírito Santo Oliveira Filho

Tupinambás significa “o primeiro” ou “o mais antigo” e se refere a uma grande nação de índios. Os tupinambás, como nação, dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás, está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamóios, cujo objetivo era lutar contra os portugueses, conhecidos pelos tupinambás como peró. O trabalho é realizado na Aldeia Tukum, localizada na rodovia Ilhéus-Olivença, km2 e, através desta Aldeia, discutirá sobre a comunidade Tupinambá. O povo desta comunidade é marcado por um Massacre que ocorreu em um mês de Setembro durante a caminhada que sai de Olivença ao Rio Cururupe. Desde este momento, durante todo mês de setembro acontece uma caminhada como forma de luta e reflexão pela morte dos Mártires  naquele evento, que ficou conhecido como a revolta dos nadadores, já que, na tentativa de se salvaderem, eles pularam no mar onde morreram asfixiados. Antes da Caminhada é feita uma preparação na Aldeia. Nesta preparação também é feita a pintura indígena. Uma tradição na cultura Tupinambá que sempre é passada para alunos em escolas e para os mais novos a fim de preservar essa cultura e, principalmente, a identidade indígena. Essa pintura é realizada com argila, urucum e jenipapo. E cada cor (vermelho, branco e preto) existem significados importantes para cada momento do uso da pintura.

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Visão Original

Utilizando-se como cenário a Aldeia Tucum, no território Tupinambá, localizada em Olivença-BA, este interprograma irá focar no ensinamento da técnica e dos significados da pintura indígena, intermediado pelo Griô aprendiz, além da sua importância, através do Mestre Griô, para os alunos da escola da Comunidade. Porém, o tema será direcionado para o contexto atual da luta de território que a Comunidade se encontra. Ou seja, o ensinamento para as crianças será de como utilizar a pintura como forma de resistência e luta pelo território Tupinambá. Sabe-se que a pintura além de ser um elemento da identidade indígena, possui diferentes significados e conceitos a cerca das cores e da sua utilização. A tintura é feita com o jenipapo, urucum e argila: O jenipapo traz uma tintura preta, que representa o luto e a ancestralidade; A cor vermelha, que é utilizada em momentos de guerra e luta é feita com o urucum; Com a argila se faz a tintura branca, que simboliza a paz.

A pintura indígena em alguns momentos é como a própria roupa que cobre o corpo, sem ela, os indígenas se sentem desprotegidos, pois na espiritualidade a pintura os mantém de corpo fechado, contra as energias negativas. É uma linguagem corporal, também utilizada para a comunicação entre a comunidade com outros povos de diferentes etnias. Essa linguagem é praticada na escola com as crianças e os jovens com o objetivo de dar continuidade a cultura indígena Tupinamabá que é, antes tudo, sagrada e simboliza a resistência dessa cultura.

Na comunidade antes de qualquer atividade ou reunião se faz o ritual de abertura do dia, e essa prática também é realizada na escola com o objetivo de trazer esse momento de espiritualidade, para fortalecimento e permanência  da cultura. Também na escola tem um dia na semana que trabalha as disciplinas diferenciadas que são conteúdos da cultura. Nesses dias os alunos aprendem a fazer a tinta, pintar os gráficos e o seu significado, muitas vezes esse aprendizado é feito pelos Griô Aprendiz, Mestres, ou pelo professor de cultura.

No último domingo do mês de setembro acontece uma peregrinação de 6km de caminhada que sai de Olivença ao Rio Cururupe, com finalidade de refletir a luta do povo Tupinambá e a memória dos Mártires que morreram no massacre do Rio Cururupe. Esse Massacre ficou conhecido como a revolta dos nadadores, que na tentativa de sobreviverem adentraram ao mar onde morreram asfixiados. Hoje a Comunidade luta pela demarcação do seu Território que perderam ao longo do tempo em detrimento desses massacres que expulsaram os nativos que habitavam desde o Cururupe, município de Ilhéus, até os municípios de Una e Buerarema. Sendo assim, o mês de setembro é marcado como tema pedagógico que é trabalhado na escola com as crianças, jovens e alunos, envolvendo toda a comunidade escolar. Além disso, é feita uma preparação durante este mês para a caminhada no mesmo percurso como forma de reflexão da luta do povo Tupinambá.

Objetos 

– Ritual de abertura: O Porancim, Ritual Sagrado do Povo Tupinambá, é o momento de agradecer ao Grande Espírito e se fortalecer espiritualmente. Traz a relação da mãe terra e dos encantados para dentro si como fonte de conhecimento ancestral. É no Porancim que buscam força para continuar na luta pelo território e pela dignidade.

– Griô aprendiz: O Griô aprendiz é Nádia a liderança indígena do Povo Tupinambá de Olivença. Educadora e atualmente trabalha com a mobilização  e articulações das comunidades indígenas do estado e irá fazer a ponte entre a anciã (mestre Griô) e a escola transmitindo através da oralidade a técnica e o significado das cores da pintura indígena.

– Mestre Griô: D. Genilda é a Anciã ( Mestre Griô ), uma pajé do povo Tupinambá que transmite o conhecimento da cura e vai transmitir aos alunos e pra comunidade a importância da pintura corporal na peregrinação.

– Pintura: A pintura indígena em alguns momentos é como a própria roupa que cobre o corpo, sem ela, os indígenas se sentem desprotegidos, pois na espiritualidade a pintura os mantém de corpo fechado, contra as energias negativas. É uma linguagem corporal, também utilizada para a comunicação entre a comunidade com outros povos de diferentes etnias. Essa linguagem é praticada na escola com as crianças e os jovens com o objetivo de dar continuidade a cultura indígena Tupinamabá que é, antes tudo, sagrada e simboliza a resistência dessa cultura.

– A luta: No último domingo do mês de setembro acontece uma peregrinação de 6km de caminhada que sai de Olivença ao Rio Cururupe, com finalidade de refletir a luta do povo Tupinambá e a memória dos Mártires que morreram no massacre do Rio Cururupe. Esse Massacre ficou conhecido como a revolta dos nadadores, que na tentativa de sobreviverem adentraram ao mar onde morreram asfixiados. Hoje a Comunidade luta pela demarcação do seu Território que perderam ao longo do tempo em detrimento desses massacres que expulsaram os nativos que habitavam desde o Cururupe, município de Ilhéus, até os municípios de Una e Buerarema. Sendo assim, o mês de setembro é marcado como tema pedagógico que é trabalhado na escola com as crianças, jovens e alunos, envolvendo toda a comunidade escolar. Além disso, é feita uma preparação durante este mês para a caminhada no mesmo percurso como forma de reflexão da luta do povo Tupinambá. Existem imagens de arquivo desta luta que já acontece há 12 anos. 

Estratégia de abordagem

 O conceito unificador da linguagem audiovisual do interprograma consiste da produção de imagens com predominância de detalhes (close nos detalhes importantes para a compreensão da feitura da pintura indígena), será mais utilizada a câmera na mão e movimentos contínuos das ações (como, por exemplo, no ritual de abertura). Porém, também será utilizado o tripé na filmagem dos ensinamentos do Griô Aprendiz e do Mestre Griô, sem ser necessariamente câmera estática, a fim de garantir a mensagem destes objetos por completo.

– Ritual de abertura: Será filmado o ritual de abertura da escola da Comunidade e o áudio deste ritual servirá, também, como trilha sonora do interprograma

– Griô aprendiz: Através da prática da pintura indígena, como etapa de preparação para a caminhada de luta, a Griô Aprendiz realizará esta pintura nos alunos e passará ensinamentos sobre a técnica e o significado das cores da pintura. Será utilizado o áudio deste ensinamento como OFF em um determinado tempo no interprograma, mas também será revelada a imagem desta ação, como forma de revelação para o espectador.

– Mestre Griô: Através da fala o Mestre (ou ancião) passará conceitos sobre a importância da pintura, esta cultura e a explicação do contexto da luta pelo território para os alunos. Também será utilizado em alguns momentos apenas o OFF e, mais próximo do final, a imagem dele em contato com os alunos, passando seus conhecimentos através da contação oral desta história/contexto.

– Pintura: serão feitas imagens da Griô aprendiz realizando a pintura, a fim de ilustrar a feitura e a estética. Assim, serão reveladas os grafismos, desenhos e cores.

– A luta: A luta pelo território será utilizada como ferramenta de revelação no interprograma e, também, como explicação da pintura que esta sendo realizada desde o inicio. Esse contexto será passado por meio do Mestre Griô da Comunidade e de imagens de arquivo. 

Sugestão de estrutura / Roteiro

  1. O vídeo se iniciará com imagens de um ritual de abertura na escola da comunidade. Essas imagens serão intercaladas com imagens da pintura indígena sendo feitas nos alunos e, em OFF, a fala de Mestre Griô a respeito da importância desta tradição da pintura. Paralelamente, ouve-se em OFF a fala da Griô Aprendiz a respeito da técnica da pintura e dos significados das cores, complementando as informações do Mestre.
  2. O Mestre Griô, agora em on, fala com os alunos sobre a tradição da Caminhada e deixa claro que esta pintura é uma preparação para este momento de reflexão acerca do Massacre ocorrido na história deles. A Griô aprendiz conclui a pintura nos alunos.

O interprograma é encerrado após esse gancho levantado com imagens de arquivo desta caminhada que aconteceram por vários anos. A identificação das fotografias se darão por meio de legenda e, no final, a música do ritual ganha mais força.

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I etapa

Julho e agosto de 2012

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  • Cadastro dos participantes
  • Propostas audiovisuais
  • Conferência de equipamentos audiovisuais

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Agosto de 2012

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  • Participação em oficina de roteiro
  • Participação em vivência da pedagogia griô
  • Termo de parceria assinado
  • Roteiros e oficinas publicados e comentados no portal
  • Recibos assinados e primeira parcela paga

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II Etapa

Setembro a Novembro de 2012

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  • Realização de Oficina de registros audiovisuais
  • Realização de Vivência da Pedagogia Griô
  • Registros do Produtor Audiovisual
  • Registro Audiovisual dos Jovens
  • Registros e oficinas publicados e comentados no portal
  • Autorizações assinadas
  • Recibos assinados e segunda parcela paga
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III Etapa

Em Lençóis – Novembro a Dezembro de 2012

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  • Pré Edição do Vídeo
  • Participação em oficina de edição
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  • Vídeos publicados e comentados no portal
  • Lançamento dos vídeos realizados na escola parceira
  • Lançamento dos vídeos publicados no portal

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