ECO/UFRJ lança Laboratório de Políticas Culturais com o projeto “Universidade Griô” e Campanha pela aprovação da Lei Griô no Congresso Nacional
Parlamentares, Ministério da Cultura, mestres de tradição oral, artistas, educadores e Pontos de Cultura de todo o Brasil estarão no Rio de Janeiro para evento conjunto de lançamento, que terá homenagem a Abdias do Nascimento.
O Laboratório Cultura Viva, a Rede Ação Griô, o Núcleo Interdisciplinar de Narradores Orais e Agentes Culturais (NINA), a Rede Afroambiental e o Pontão de Cultura da ECO/UFRJ convidam para o lançamento do Laboratório de Políticas Culturais – Universidade Griô Campus Rio, entre os dias 20 e 22 de Outubro de 2012, na Escola de Comunicação da UFRJ – Campus Praia Vermelha.
Durante o evento, haverá trilha, aula espetáculo, círculo de cultura e a transmissão web de inauguração do programa Rádio Griô. As atividades contarão com presença de mestres e griôs de tradição oral de todo o país, griôs aprendizes e educadores, como preparação coletiva para o evento de lançamento do Laboratório de Políticas Culturais e a retomada da pressão pelo desenvolvimento das políticas públicas de fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro.
A Rede Ação Griô reúne 100 mil estudantes, griôs, mestres, pontos de cultura e comunidades na valorização da cultura de tradição oral em diálogo com a educação formal. Ela foi criada como política pública em 2006 pelo Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, da cidade de Lençóis (BA) em parceria com o Programa Cultura Viva, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
De 2006 a 2010, os principais resultados da Ação Griô foram: a criação e lançamento de dois editais de bolsas de incentivo a mestres griôs e griôs aprendizes, com o investimento de R$ 7.500.000 de recursos públicos; 25 encontros regionais e nacionais de capacitação, avaliação e planejamento com mais de 5.000 pessoas, formando a primeira rede nacional de educação e tradição oral e a comissão nacional dos griôs e mestres que criou a lei griô nacional, hoje em tramitação no congresso nacional e nas assembléias legislativas da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Sul.
O Laboratório de Políticas Culturais será uma ação de pesquisa e extensão com gestão compartilhada entre Universidades Públicas e movimentos sociais para elaborar, programar,hackear e implementar políticas públicas para a cultura no Brasil. A primeira ação do projeto será fortalecer a importante experiência da Rede Ação Griô, no diálogo entre a tradição oral e a educação formal, por meio do projeto da Universidade Griô e por meio da mobilização via Internet para pressionar pela votação dos projetos de lei de interesse dos pontos de cultura: a Lei Griô e a Lei Cultura Viva.
O lançamento do Laboratório de Políticas Culturais acontecerá no dia 22/10 a partir das 16h, no Teatro de Arena da UFRJ, e contará com a presença da Presidente da Frente Parlamentar de Cultura do Congresso Nacional, Jandira Feghali, a Secretária de Cidadania Cultural do MinC Márcia Rollemberg, mestres e griôs representanntes da Comissão Nacional dos Griôs e Mestres de Tradição Oral, o cantor, compositor e Secretário de Cultura da Paraíba- PB Chico César, o rapper GOG (DF) e a cirandeira Lia de Itamaracá (PE). Na ocasião será encenada uma aula-espetáculo sobre a história de vida do jornalista, senador e teatrólogo Abdias do Nascimento, um dos maiores intelectuais afrodescendentes do Brasil e do Mundo.
Publicador originalmente em: http://labculturaviva.org/node/1138
Faço votos que a partir de então, um projeto como este da Universidade Griô/UFRJ, consiga, dentre suas demais propostas e objetivos, também conseguir oferecer formação adequada em Gestão Cultural e Produção Cultural, on line, grautita e à distância para todos os empreendedores culturais que dependem de recursos para menter suas atividades prioritariamente artístico culturais, ou seja, aqueles que tentam sobreviver da cultura e que são seus portadores e executores. Muita cultura no interior deste país está se perdendo, primiero, pela desinformação pelo fato dos empreendedores culturais sequer saberem que podem contar com incentivos financeiros através do MinC e demais órgãos a ele conveniados e, segundo, porque alguns até sabem que há esta possibilidade, no entanto, não fazem a menor idéia por onde começar a montar um projeto a ser submetido à apreciação e aprovação eficiente e eficaz, ou seja, que realmente consiga fazer com que os recursos financeiros realmente cheguem a quem os pleiteiam. Os Griôs e demais mestres de tradição oral, dos mais diversos seguimentos e manifestações culturais em sua maioria são pessoas simples e com enorme dificuldade em lidar com estas questões burocráticas, leis, editais e etc, e encontrar Gestores Culturais dispostos a abraçar suas causas não é tarefa fácil, de modo que, resta a eles mesmos aprenderem como serem seus próprios Gestores e Produtores, o que permitiria maior independência e também propiciaria salvar a cultura de que são natural e legitimamente portadores, principalmente aqueles isolados nos mais diversos interiores desse país. Como é o meu caso em particular. Se conhecer algum(a) Gestor(a) Cultural ou Produtor(a) Cultural que esteja disposto(a) a ajudar este Mestre Griô que ora vos escreve, não se façam de rogados em contactá-lo, porque ele e a cultura e manifestação cultural que ele representa e exerce pede SOCORRO. Abraço e Parabéns por mais este passo dado.