Família Griô Mamulengo da Chapada
“A Família Griô Mamulengo da Chapada nasceu com a missão do Griô e do mamulengo e juntos possuem um poder teatral genial de encantamento, conscientização e transformação social. O Griô é um contador de histórias, um falador, um cantador, um poeta popular africano que caminha de aldeia em aldeia aprendendo e ensinando sua cultura e o mamulengueiro se identifica com ele porque sabe falar com o povo e se dedica a caminhada nas feiras e eventos populares, denunciando diferentes aspectos de suas vidas, transfigurando suas alegrias e dores. O Mamulengo domina uma oralidade admirável de uma inspiração fascinante que encanta, altera o estado de consciência do público e transforma as relações de poder entre oprimido e opressor, entre bem e mal, criando um outro mundo poético-dramático possível entre o falador e o público. Arranca a pessoa da situação de submisso e pelo qual é explorado para um mundo onde sua voz, anseios e vontades são conversados por meio do riso, da pilheria, da brincadeira e do drama. Por isso, o mamulengo griô se torna uma prática pedagógica de encantamento utilizada na Pedagogia Griô, que conta com famílias negras e indígenas para contar histórias e mitos que facilitam a consciência histórica e o renascimento da nossa ancestralidade e identidade como povo.” Líllian Pacheco, apostilas de cursos da Pedagogia Griô.
A Família já circulou em 8 escolas de Lençóis, Itatetê e Ibicoara e atualmente circula com o espetáculo As Filhas de Oiá em 12 espaços culturais e escolas públicas de 11 municípios da Chapada Diamantina e em Salvador, Bahia para 1200 crianças, adolescentes, jovens e educadores afim de formar o público chapadense e baiano para a apreciação e valorização da cultura do teatro de boneco de mamulengo, sua origem e história, ao lado de nomes importantes da arte e da cultura tradicional baiana; fortalecer a cultura negra chapadense por meio do drama de histórias de vida de mulheres negras oprimidas pelo racismo e machismo que revolucionou a sociedade com a luta pelo reconhecimento de sua ancestralidade e identidade; e valorizar a cultura do Jarê, religião de matriz africana original da região, por meio de seus mitos de empoderamento, vinculados a coletivos de jovens artistas de teatro da região.
Facebook: Família Griô Mamulengo da Chapada